Património

Actualmente a Torreira tem equipamento de educação, cultura, desporto, assistência médica, solidariedade social, comércio, turismo, correios, banco, farmácias, bares, parque campismo, colónia de férias, restaurantes, alojamento, um porto de abrigo para os barcos dos pescadores e uma marina para barcos de recreio.Tem rede de abastecimento de água e saneamento, ciclovia, circuito de manutenção, parque de merendas, churrasqueira vedada.

Parque de Merendas

Churrasqueira Vedada

A churrasqueira vedada, propriedade da Junta de Freguesia, pode ser alugada mediante marcação, prévia, com esta entidade.

Igreja Paroquial da Torreira

Inaugurada em 1952. Construção moderna, com três naves, capela-mor poligonal e alta, torre a meio da frontaria.

Capela de S. Paio

Construída em dunas não fixadas, foi soterrada duas vezes. A primeira capela era poligonal. Sobre os escombros da segunda assentou a presente capela, construída em 1878. Foi remodelada em 1995, assim como o local envolvente, que foi transformado num parque de merendas. Retábulos do século XVIII e esculturas dos séculos XVI e XVIII.

Arte Xávega


foto de António Cravo

Pesca costeira artesanal, e sazonal, normalmente praticada no período de Março a Outubro, sendo especialmente dirigida para a pesca da sardinha, do carapau e outras espécies costeiras.
No decorrer dos tempos, e apesar de toda a evolução tecnológica, poucas foram as alterações introduzidas nesta pesca artesanal. Substituindo-se a força manual por um motor “fora de bordo”, á ré. Na saída para o mar ainda se utiliza a tecnica do uso dos toros de madeira por baixo do barco, empurrando à ré por um pau comprido, à custa de esforço humano.
As redes utilizadas nesta arte são chamadas redes varredouras ou de arrasto. A embarcação sai para o mar e rede é lançada formando um circulo. No regresso os dois cabos de alagem (acto de puxar as redes), são amarrados a uma junta de bois que os vai puxando para a praia. Podem ser utilizados três juntas de bois ou um tractor.
Em 1880 existiam nesta praia 6 companha de xávega, empregando 80 homens cada uma, 40 no mar e 40 em terra. Com 12 juntas de bois para a alagem, por cada companha. Hoje em dia existem 3 companhas, que utilizam os tractores para puxar as redes.

Pesca Artesanal na Ria


foto de António Cravo

Na apanha das diferentes espécies de peixe existente na ria, o pescador foi obrigado a utilizar diferentes artes, assim nasceu uma pesca bem característica, que se alterna consoante a espécie. Algumas artes já deixaram de se praticar, outras continuam a ser o ganha pão dos pescadores.
Temos por exemplo o chinchorro e a chincha, que são considerados artes de arrasto, utilizando redes semelhantes, que variam apenas no tamanho. Ambas são artes que se praticam todo o ano. O chinchorro utiliza-se normalmente para a pesca da enguia, solha, linguado, robalo e caranguejo, enquanto que a chincha é mais dirigida para a apanha da enguia e da solha em águas pouco profundas. A apanha da amêijoa e do berbigão, na Torreira, pode ser feita com a cabrita ou com o ancinho de pé, dependendo das marés. A cabrita é usada na maré alta e é composta por um ancinho de ferro, ao qual está aparelhado um saco de rede.
Enquanto os dentes do ancinho vão varrendo o fundo, moluscos entram no saco. O ancinho de pé é utilizado da mesma maneira, mas é feito na maré baixa. O galricho, é uma arte sedentária, normalmente utilizada para a pesca da enguia. Actualmente, os pescadores da Torreira, utilizam bateiras chinchorro e as caçadeiras

Barco Moliceiro


foto de António Cravo

O barco moliceiro, é indiscutivelmente o ex-libris da nossa região, de linhas esbeltas e elegantes, com a sua proa curva pintada de forma colorida, são realmente embarcações únicas com uma beleza ímpar. É construído de madeira de pinho, de fundo chato e de pequeno calado, navega facilmente em pouca altura de água, tendo comprimento que regula os 15 metros. Como o seu nome indica, é um tipo de embarcação criado principalmente para a recolha e transporte de moliço, que serve como fertilizante natural ás terras ribeirinhas. A proa é a parte monumental do moliceiro, figuras, desenhos e legendas são únicos, sem igual.
Mas ao falar dos painéis da proa, não podemos esquecer os painéis da ré, que sem a importância daqueles, são no entanto elementos decorativos de considerar, tanto nas figuras como nas legendas. Os temas destas composições decorativas são inspirados em cenas triviais e alguns ostentam motivos religiosos. As cores usadas são vivas e todo o conjunto ornamental é simbólico, popular, espirituoso e sobretudo espontâneo.